Nem toda a gente tem mesma resistência de ligamentos. Além disso, as instabilidades ligamentares podem persistir como resultado de uma lesão que não foi totalmente curada. Os ligamentos no tornozelo precisam de cerca de 9 meses até ficarem totalmente estáveis e poderem ser sujeitos a esforços. No entanto, uma cura incompleta dos ligamentos ou uma posição errada do pé, por exemplo, devido a uma compensação durante a fase de regeneração leva a que, precisamente ao fazer desporto ou caminhar em terreno instável, o pé se desvie ligeiramente ou a passada fique insegura na sequência de uma lesão.
As instabilidades crónicas de ligamentos podem ser evitadas em muitos casos, mas acontece demasiadas vezes que as lesões do tornozelo e do sistema de ligamentos no pé não sejam tratadas ou sejam mal tratadas durante a fase aguda, ou seja, logo após um acidente. Os doentes, p. ex., não levam os sintomas a sério ou vão demasiado tarde ao médico. Por conseguinte, uma pessoa em cada duas sofre de problemas não só no pé, mas também nas restantes articulações durante a sua vida.
Se não forem tratadas, as instabilidades crónicas da articulação superior e inferior do tornozelo são consideradas como uma deformidade pré-artrótica, ou seja, um fator de risco para o desenvolvimento de artrose, que, na sua fase final, muitas vezes só pode ser tratada com calçado ortopédico, substituição da articulação ou com a ajuda de uma cirurgia de fusão.